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China e UE realizam consultas sobre disputas tarifárias de veículos elétricos

20.09.2024 14h36  Fonte: Diário do Povo Online

A China e a União Europeia (UE) realizaram uma consulta "abrangente, aprofundada e construtiva" na quinta-feira sobre a investigação anti-subsídio em decurso da UE sobre veículos elétricos (VEs) chineses, de acordo com uma declaração divulgada pelo Ministério do Comércio da China.

Durante a reunião entre o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, e o vice-presidente executivo da Comissão Europeia e comissário de Comércio Valdis Dombrovskis, ambas as partes expressaram claramente sua vontade política de resolver as diferenças por meio de consultas, refere a declaração.

Os dois lados concordaram em continuar impulsionando as negociações sobre compromissos de preço e não poupar esforços para chegar a uma solução mutuamente aceitável por meio do diálogo e de consultas, acrescentou.

A Comissão Europeia iniciou a investigação anti-subsídio sem uma reclamação formal das indústrias dentro da UE. As decisões foram "não conformes, irracionais e injustas", adiantou o ministério.

Embora o lado chinês não concorde ou aceite a situação, tem sido mantida consistentemente a máxima sinceridade e esforços para resolver o problema adequadamente, pela via do diálogo e da consulta, referiu o ministério.

Wang enfatizou que a indústria chinesa propôs uma solução de compromisso de preço durante a investigação e a melhorou ainda mais, com base nos entraves levantados pela UE, o que demonstrou a flexibilidade e sinceridade do lado chinês.

A China insta a UE a implementar o importante consenso alcançado pelos líderes da China, França e UE sobre como abordar adequadamente as fricções econômicas e comerciais pela via do diálogo e da consulta, e a tomar ações proativas para ir de encontro a um acordo com a China, segundo a declaração.

Ele alertou que a China tomará resolutamente as medidas necessárias para proteger os direitos e interesses legítimos de suas empresas, no caso da UE insistir em implementar tarifas irracionais.

A China ressaltou que sempre exerceu prudência e restrição no uso de medidas de reparação comercial e defendeu o comércio justo e livre, pode ler-se na declaração.

As investigações de defesa comercial da China contra a UE foram lançadas a pedido das indústrias nacionais, em total conformidade com a lei chinesa e com os regulamentos da Organização Mundial do Comércio (OMC). Essas investigações foram conduzidas rigorosamente, aderindo aos padrões legais com transparência e abertura, acrescentou a declaração.

"A China tem a responsabilidade de salvaguardar as demandas justificadas e os direitos legítimos de suas indústrias nacionais", é referido.

Os dois lados trocaram também pontos de vista sobre outras questões comerciais e econômicas.