Ao chegar ao Rio de Janeiro no domingo para a 19ª Cúpula do G20, o presidente chinês Xi Jinping expressou a sua disposição de trabalhar com todas as partes para um mundo multipolar igualitário e ordenado e uma globalização econômica universalmente benéfica e inclusiva.
Em uma declaração por escrito, Xi disse esperar que o G20 desempenhe um papel maior como uma plataforma importante para a cooperação econômica internacional.
A Cúpula de Líderes do G20 deste ano, programada para 18 e 19 de novembro, marca o primeiro encontro desse tipo desde a adesão da União Africana (UA) como membro pleno, um marco histórico que fortalece a voz do Sul Global.
Javier Miranda, ex-presidente do partido Frente Ampla do Uruguai, expressou a sua esperança de que essa cúpula marque um passo significativo em direção à construção de um mundo multipolar, que promova o diálogo.
Em um mundo repleto de guerras e conflitos, o compromisso com diálogo é um dos objetivos dessa reunião do G20, manifestou ele à Xinhua.
Após assumir a presidência, o Brasil estabeleceu o tema da cúpula como "Construindo um mundo justo e um planeta sustentável". As principais prioridades delineadas pelo governo brasileiro incluem o combate à fome, à pobreza e à desigualdade, o avanço do desenvolvimento sustentável e a promoção de reformas na governança global.
"A construção de um mundo justo exige que o G20 honre os princípios de respeito mútuo, cooperação com igualdade e benefício mútuo, e apoie os países do Sul Global para que alcancem maior desenvolvimento", indicou Xi em um artigo assinado e publicado na Folha de São Paulo no domingo.
"A construção de um planeta sustentável exige que o G20 promova a produção e o estilo de vida sustentáveis como forma de alcançar a harmonia entre a humanidade e a natureza", afirmou.
O presidente chinês também prometeu o apoio ativo da China à iniciativa de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza proposta pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao se reunir no G20 para tratar de questões globais críticas, como governança, fome, sustentabilidade e meio ambiente, o lado brasileiro reconhece o papel crucial da sua parceria com a China, de acordo com Rodrigo de Castro, subsecretário de Eventos e Relações Institucionais do governo do Rio de Janeiro.
Muitas das soluções para lidar com os desafios enfrentados pelas nações em desenvolvimento derivam de ideias e práticas já implementadas na China, observou Castro.
O Brasil, que está sediando o G20, está muito orgulhoso de receber o presidente e toda a delegação chinesa, manifestou ele à Xinhua.
Além da cúpula do G20, Xi também fará uma visita de Estado ao Brasil, já que este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento de laços diplomáticos entre os dois países.
Durante a visita, Xi manterá uma profunda troca de opiniões com o presidente brasileiro sobre as relações bilaterais e questões internacionais e regionais de interesse comum.
O Brasil é a segunda parada da viagem de Xi para duas nações, que já o levou ao Peru. Em Lima, ele manteve uma agenda apertada, participando da 31ª Reunião de Líderes Econômicos da APEC, fazendo uma visita de Estado ao Peru e realizando uma série de reuniões bilaterais, incluindo uma com seu homólogo norte-americano, Joe Biden, à margem da reunião da APEC.
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