O megaporto de Chancay, cuja primeira fase do complexo foi recém-inaugurada pela China no Peru, pode reduzir claramente o tempo de transporte transoceânico e os custos de frete, além de impulsionar o comércio bilateral entre a China e a América Latina, de acordo com uma matéria publicada pelo G1 no dia 16 de novembro.
Como um projeto emblemático da Iniciativa Cinturão e Rota, com um investimento total de aproximadamente US$ 3,4 bilhões, o Porto de Chancay deve aumentar a eficiência do comércio entre o Peru e a Ásia, reduzindo o tempo de transporte para a China para 23 dias e diminuindo os custos de logística em pelo menos 20%.
Situado a aproximadamente 80 km ao norte da capital, Lima, na costa do Pacífico, e diretamente conectado à Rodovia Pan-Americana, uma rede de estradas que se estende pelas Américas, o porto de águas profundas também está pronto para se tornar um centro de logística fundamental entre a América Latina e a Ásia.
Segundo a reportagem, espera-se que o porto crie 7,5 mil empregos locais e o porto tem também capacidade de receber os maiores navios do mundo, que podem transportar até 24 mil contêineres de TEUs.
Segundo o Ministério da Produção peruano, o porto e os centros logísticos associados devem trazer cerca de US$ 4,5 bilhões à economia peruana, o equivalente a aproximadamente 1,8% do PIB nacional.
Para o ministro peruano de Transportes e Comunicações, Raul Perez-Reyes, a visão do Peru é ambiciosa: "tornar-se a Cingapura da América Latina".
Com o Porto de Callao já entre os mais importantes da região, o Peru agora vê o Porto de Chancay como uma adição transformadora que aumentará sua posição como um centro de comércio global.
Com uma profundidade de calado de 16 a 18 metros, espera-se que o novo porto movimente mais de 1 milhão de TEUs por ano.
Pela análise da matéria, a construção do projeto trará inevitavelmente concorrência para os portos do Chile e também para o setor logístico do Brasil. No entanto, "a disponibilidade de uma porta de saída mais rápida para os produtos em direção à Ásia pode favorecer os exportadores chilenos, reduzindo seus custos de transporte."
Para o lado do Brasil, embora "com relações políticas e comerciais cada vez mais próximas com a China", o Brasil precisa contemplar a diferença do custo de transporte terrestre para Chancay ou para portos do Atlântico como Manaus.
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