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17º aniversário do terremoto de Wenchuan: renascendo das ruínas

13.05.2025 17h27 

No dia 12 de maio de 2008, às 14h28, um terremoto de magnitude 8.0 atingiu subitamente Wenchuan, na província de Sichuan, transformando a região em ruínas em questão de segundos.

Quase 70 mil pessoas perderam a vida, 18 mil desapareceram e mais de 370 mil ficaram feridas. A tragédia deixou cicatrizes profundas em incontáveis famílias. No entanto, passados 17 anos, Wenchuan se reergueu das cinzas, e os jovens resgatados durante o terremoto já cresceram. Com suas histórias, eles expressam a resiliência e a esperança da vida.

Há 17 anos, Wang Rui tinha 15 anos quando teve as duas pernas esmagadas por uma laje de concreto durante o terremoto. Após mais de dez horas, foi salva, mas precisou amputar a perna direita. Diante da crueldade do destino, não desistiu: colocou uma prótese e voltou a andar.

Com o apoio da família, tornou-se atleta de tênis de mesa, conquistando diversos prêmios nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e nos Jogos Para-Asiáticos de Hangzhou. “Sou uma sobrevivente do terremoto de Wenchuan. Agradeço ao tênis de mesa por me dar uma segunda chance de vida e a oportunidade de trazer orgulho ao meu país”, diz Wang Rui.

Niu Yu, então com 11 anos, também perdeu a perna direita no terremoto. Ao invés de baixar os braços, aceitou com coragem suas imperfeições. Participou da Meia Maratona de Wenchuan usando uma prótese, e se tornou conhecida como a "garota maratonista mais bonita da China".

Niu desfilou na Semana de Moda de Shanghai com sua "perna de aço mecânica", recebendo aplausos calorosos. Hoje, é fotógrafa, influenciadora digital e deputada da 14ª Assembleia Popular da Província de Sichuan, além de ser reconhecida como modelo nacional de superação. Sua história inspira outras pessoas com deficiência a avançarem com coragem.

Yang Lin, com 14 anos na época, salvou outras pessoas durante o terremoto, mesmo se ferindo em vários lugares. Tratada com carinho por profissionais do Hospital Popular da Província de Zhejiang, saiu da escuridão e decidiu tornar-se enfermeira. Hoje, é uma das principais profissionais do setor de reabilitação, usando seus conhecimentos e empatia para ajudar pacientes a se recuperarem.

Zhu Yu, então com 5 anos, sobreviveu ao terremoto após uma cirurgia craniana e amputação da perna esquerda. Encarou a vida com otimismo e decidiu estudar medicina. Após prestar o vestibular duas vezes, foi aceita na Universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Chengdu. Agora no terceiro ano, está repleta de esperança para o futuro e deseja espalhar seu amor junto de mais pessoas.

Zhang Zili, com 6 anos na época, foi resgatado por soldados do Exército de Libertação Popular e bombeiros. Ao crescer, escolheu se tornar bombeiro e hoje atua em incêndios florestais e áreas atingidas por desastres. “Aos 6 anos, fui salvo pelos soldados e bombeiros durante o terremoto. Quero continuar essa missão”, afirma.

Cheng Qiang, de 12 anos, viu de perto a bravura dos paraquedistas durante as operações de resgate em Wenchuan. Ali foi plantada a semente do desejo de servir o país. Mais tarde, alistou-se e tornou-se paraquedista. Hoje, como comandante de pelotão, mantém firme sua escolha e enfrenta desafios sem hesitar.

Dezessete anos se passaram. Wenchuan renasceu das ruínas, e os feridos de outrora encontraram novos caminhos. Prestamos homenagem aos compatriotas que partiram. A China presta homenagem às operações heroicas de resgate e ao espírito de solidariedade diante da tragédia.