A foto capturada pelo drone mostra uma estação do projeto de transmissão de alta tensão Belo Monte (fase II) no Rio de Janeiro, em 30 de setembro de 2022.
Por decisão conjunta da China e dos países latino-americanos, a quarta reunião ministerial do Fórum China-Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) será realizada no dia 13 de maio em Beijing. O presidente chinês Xi Jinping participará da cerimônia de abertura e fará um discurso, no qual relembrará o desenvolvimento das relações China-América Latina, explicará o conceito da comunidade de destino compartilhado China-América Latina — incluindo o significado, realizações práticas e perspectivas — e apresentará novas propostas e iniciativas para aprofundar a cooperação bilateral.
Representantes de diversos setores da América Latina e do Caribe, em entrevista ao Diário do Povo, afirmaram que a participação de Xi Jinping dará novo ímpeto ao desenvolvimento estável e duradouro das relações China-América Latina e enviará ao mundo uma mensagem clara de união e cooperação para enfrentar os desafios globais, contribuindo com sabedoria e força para a paz e estabilidade mundiais.
Desde sua criação formal, o Fórum China-CELAC já percorreu uma trajetória de dez anos, consolidando-se como um mecanismo cada vez mais completo graças aos esforços conjuntos. Aos poucos, estabeleceu-se uma plataforma de cooperação e diálogo abrangente e diversificada. A realização da quarta reunião ministerial neste momento tem um significado simbólico, marcando uma década de funcionamento do fórum.
A reunião deverá aprovar vários documentos de resultados, abordando medidas específicas de cooperação em áreas como inovação tecnológica, comércio e investimentos, inteligência artificial, finanças, infraestrutura, agricultura e segurança alimentar, indústria e tecnologia da informação, energia e mineração, além da Iniciativa Cinturão e Rota. Isso demonstrará a determinação mútua da China e da América Latina em buscar a paz, promover o desenvolvimento e aprofundar a cooperação.
“Nos últimos dez anos, o Fórum China-América Latina alcançou grandes avanços no fortalecimento das relações bilaterais”, afirmou Theo Schuck, secretário-executivo do Instituto Metropolitano do Rio de Janeiro. Segundo ele, o comércio entre os dois lados continuou a crescer, e a cooperação em áreas estratégicas como energia, agricultura e ciência transformou profundamente a economia latino-americana. As parcerias em infraestrutura impulsionaram significativamente a conectividade regional e a competitividade internacional.
Há dez anos, a primeira reunião ministerial do fórum foi realizada com sucesso em Beijing, dando início a uma nova fase de cooperação bilateral e coletiva entre China e América Latina. Desde então, com liderança estratégica em nível presidencial e esforços mútuos, o fórum estabeleceu mecanismos como as reuniões ministeriais, o diálogo entre chanceleres do “quarteto” da CELAC e a China, e os encontros de coordenadores nacionais, construindo uma estrutura sólida para a cooperação abrangente.
“Espero que a América Latina e a China ampliem a cooperação em áreas como inovação, mudanças climáticas, economia digital, novas energias e crescimento inclusivo”, disse Elmer Miranda, pesquisador do Centro de Estudos Estratégicos Asiáticos do Panamá. Ele acredita que o fórum tem desempenhado um papel crucial no diálogo institucionalizado e na cooperação prática, contribuindo para o alinhamento de políticas e ações conjuntas, além de fortalecer a coesão e o desenvolvimento regional.
Xi Jinping já visitou a América Latina e o Caribe por seis vezes, participando de encontros bilaterais e multilaterais com líderes locais. Ele traçou pessoalmente o plano de desenvolvimento das relações China-América Latina, conduzindo-as a uma nova era baseada na igualdade, benefícios mútuos, inovação, abertura e foco no bem-estar da população, enriquecendo o conceito da comunidade de destino compartilhado.
“O fórum é uma plataforma importante para a prática do verdadeiro multilateralismo, respeitando a diversidade da região latino-americana e respondendo às demandas específicas de desenvolvimento dos diferentes países”, afirmou Marco Aurélio Demendonça, pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) no Brasil. “A China é um parceiro confiável e previsível. Os países latino-americanos esperam aprofundar ainda mais essa cooperação”.
O economista Xia Huasheng, da Fundação Getúlio Vargas, ressaltou que a oposição ao hegemonismo e a defesa da igualdade e dos benefícios mútuos são ideais compartilhados pela China e América Latina. Para ele, o fórum desempenha um papel essencial na integração da América Latina às cadeias globais de valor, promovendo o comércio regional e internacional. Empresas chinesas, por meio de joint ventures, podem contribuir para a reindustrialização da região e o desenvolvimento conjunto de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e energias renováveis.
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