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Portugal enfrenta incêndios florestais em grande escala

01.08.2025 16h56 

Um total de 39 incêndios florestais estão atualmente ativos em Portugal, incluindo nove grandes incêndios que se estendem do norte ao sul do país, informou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) na quarta-feira.

As situações mais críticas foram identificadas em Penamacor, Arouca, Santarém e Ponte da Barca, onde as populações próximas são consideradas em risco.

O comandante Elísio Pereira, da ANEPC, disse à agência de notícias Lusa que proteger as comunidades continua sendo uma prioridade, afirmando que a presença de populações ameaçadas exige uma dispersão de recursos para evitar que os incêndios atinjam as casas, o que, por sua vez, dificulta os esforços de combate ao fogo.

Apesar da crescente escala da emergência, a ANEPC disse que não prevê reforçar as equipes terrestres durante a noite, observando que pessoal e equipamentos adicionais já foram enviados para as zonas afetadas. De acordo com a última atualização, 2.731 operadores e 881 veículos terrestres estavam ativamente engajados no combate aos nove maiores incêndios. Vinte pessoas receberam atendimento médico, incluindo 14 bombeiros.

De acordo com o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), até terça-feira, 292.855 hectares foram queimados em toda a União Europeia em 2025 -- quase o dobro da média histórica de 152 mil hectares -- marcando o pior ano para incêndios florestais nos últimos cinco anos. Em Portugal, estima-se que 72 mil hectares tenham sido queimados, consistente com a média anual nacional.

O incêndio em Arouca, localizado no distrito de Aveiro, está atualmente mobilizando o maior número de recursos de combate a incêndios. O comandante Helder Silva, que lidera as operações de socorro na área, alertou que as mudanças nos ventos podem levar as chamas para bairros residenciais.

Ainda mais alarmante é a situação em Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, norte do país. Os incêndios continuaram a espalhar-se rapidamente durante a noite. O presidente da Câmara, Augusto Marinho, manifestou grande preocupação com a potencial ameaça a Germil, uma aldeia situada no Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Para agravar a situação, um novo incêndio florestal deflagrou na quarta-feira de manhã em Pinhancos, no Município de Seia (distrito da Guarda). Uma força de 171 bombeiros, apoiada por seis aeronaves, foi enviada para combater o incêndio.