O representante permanente da China nas Nações Unidas, Fu Cong, discursou no dia 11, na reunião pública de emergência do Conselho de Segurança sobre a situação no Oriente Médio, condenando severamente o ataque de Israel ao Catar.
Ele afirmou que, no dia 9, Israel lançou um ataque contra Doha, capital do Catar, violando abertamente a soberania territorial e a segurança nacional do Catar, infringindo flagrantemente o direito internacional e a Carta das Nações Unidas, além de minar os esforços para alcançar a paz. A China se opõe firmemente e condena veementemente tal ato.
Segundo ele, o Catar, como importante mediador nas negociações de cessar-fogo em Gaza, tem desempenhado grandes esforços para promover o cessar-fogo e restaurar a paz, recebendo amplo reconhecimento da comunidade internacional. A China observou que, em 7 de setembro, os Estados Unidos apresentaram uma nova proposta de cessar-fogo, afirmando que Israel havia concordado.
No entanto, apenas dois dias depois, a delegação do Movimento de Resistência Islâmica da Palestina (Hamas), que estava discutindo o acordo de cessar-fogo, foi atacada por Israel. Tal comportamento, desprovido de credibilidade, irresponsável e de sabotagem deliberada das negociações, é extremamente prejudicial. A China expressou profunda preocupação com o fato de o ataque poder levar a uma escalada adicional da tensão na região.
É necessário ressaltar que esse episódio está intimamente ligado à postura desequilibrada e de longa data de certos países de fora da região em relação ao Oriente Médio. A China exorta algumas grandes potências a priorizarem a paz e a estabilidade regionais, adotarem uma postura justa e responsável e, junto com a comunidade internacional, desempenharem um papel construtivo na promoção do cessar-fogo, no fim das hostilidades e na redução das tensões.
Fu Cong reiterou que meios militares e o uso abusivo da força não são a solução para o problema; um cessar-fogo imediato é a forma correta de salvar vidas e permitir o retorno dos detidos às suas casas. A China faz um forte apelo a todas as partes envolvidas, especialmente a Israel, para que se empenhem mais ativamente em apaziguar o conflito e retomar as negociações — e não o contrário.
Israel deve interromper imediatamente todas as operações militares em Gaza, cumprir suas obrigações de potência ocupante conforme o direito humanitário internacional, restaurar plenamente o acesso de materiais humanitários e apoiar a atuação de agências de ajuda, como a ONU.
Ele afirmou que o conflito em Gaza já se prolonga por quase dois anos, gerando uma catástrofe humanitária sem precedentes e de extrema gravidade. Nesse período, o direito internacional foi repetidas vezes violado e os princípios básicos das relações internacionais, reiteradamente minados. O mundo não pode retroceder à lei da selva, e o Oriente Médio não pode permanecer indefinidamente sob a sombra da guerra.
O Conselho de Segurança, como principal órgão encarregado de manter a paz e a segurança internacionais, tem a responsabilidade de defender a ordem internacional e o Estado de Direito, assim como de promover a paz e a estabilidade na região. O Conselho está discutindo um projeto de resolução centrado na questão humanitária em Gaza. A China apoia que o Conselho de Segurança adote imediatamente medidas para cessar os combates em Gaza e aliviar a catástrofe humanitária, conclamando seus membros e a comunidade internacional a unirem esforços nesse sentido.
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