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Tianwen-2 e o “retrato cósmico” de uma China inovadora

22.10.2025 13h49 

Bei Hu

Esta imagem divulgada pela Administração Espacial Nacional da China em 1º de outubro de 2025 mostra uma vista da sonda Tianwen-2 ao lado da Terra, capturada pela sonda durante sua jornada no espaço profundo. (Foto fornecida pela Administração Espacial Nacional da China)

Em 1º de outubro, a Administração Nacional do Espaço da China revelou uma imagem impressionante da sonda Tianwen-2 ao lado da Terra, capturada durante sua jornada pelo espaço profundo.

A foto, capturada por uma câmera no braço robótico da sonda, mostra a bandeira vermelha de cinco estrelas e a cápsula de retorno branca, tendo como fundo o planeta azul, cena que os internautas apelidaram de “retrato cósmico”.

Por trás da imagem está a crescente capacidade da China em exploração espacial profunda. A missão Tianwen-2, com duração prevista de dez anos, pretende coletar amostras do asteroide 2016 HO3 e estudar o cometa 311P, situado além da órbita de Marte.

Sondas mais inteligentes, foguetes mais confiáveis e sistemas de comunicação mais potentes tornaram possível essa longa jornada, evidenciando a capacidade da inovação espacial chinesa.

Desde o Dongfanghong-1, passando pelas missões Chang’e e pela construção da estação espacial chinesa, até à viagem da Tianwen-2, as ambições espaciais da China têm avançado passo a passo.

Fora do domínio espacial, a inovação prospera em circuitos integrados, equipamentos de alta tecnologia e software industrial. O sistema de navegação BeiDou garante posicionamento global preciso; o avião C919 já está realizando voos comerciais; os veículos elétricos lideram o mundo em produção e vendas; o trem CR450 redefine a alta velocidade; e são constantemente registrados avanços em novas energias, materiais e inteligência artificial.

O “retrato cósmico” simboliza também a perseverança e o compromisso de longo prazo da China com a inovação. Projetos espaciais exigem acumulação técnica e esforço contínuo — algo que o país demonstrou ao vencer desafios na exploração lunar, como o pouso e a comunicação no lado oculto da Lua.

Com o Tianwen-1 em Marte e o Tianwen-2 rumo a um asteroide, as próximas missões (Tianwen-3 e Tianwen-4) visarão o retorno de amostras de Marte e a exploração do sistema de Júpiter. O sucesso atual é fruto de um planejamento de longo alcance e de anos de cultivo paciente.

Nos últimos anos, a China reforçou sua base científica, oferecendo apoio estável a equipes e plataformas-chave, criando mecanismos de avaliação de longo ciclo que permitem aos pesquisadores focar em grandes desafios. Com investimentos pacientes e visão de longo prazo, o país busca fortalecer sua capacidade de inovação original e conquistar novas fronteiras tecnológicas.

Com os olhos nas estrelas e os pés firmes no chão, a China segue um caminho ousado e constante na exploração espacial. À medida que a Tianwen-2 cruza o espaço infinito, crescem as expectativas — tanto por novas descobertas quanto por mais surpresas de uma China cada vez mais inovadora.