
Na 22ª Feira Internacional de Comércio Agrícola da China, recentemente concluída no Município de Tianjin, no norte da China, a mudança na estratégia de exportação agrícola da China ficou bem evidente.
Xiao Bo, presidente da Xinfeng County Zhengda Agricultural Development Co., Ltd., descascou e fatiou laranjas-Bahia para os visitantes provarem, apresentando uma variedade de produtos de alto valor, como vinho de laranja, chá e fatias secas.
"Desenvolvemos uma série de produtos de valor agregado com foco nas laranjas-Bahia, que foram exportadas para a Indonésia, Vietnã, Malásia e República da Coreia, com planos de entrar em mercados como Japão e Emirados Árabes Unidos", disse Xiao.
Essa medida reflete uma tendência mais ampla em que as exportações agrícolas chinesas estão evoluindo de commodities brutas para produtos de marca, acabados e premium, conforme observado por Hu Bingchuan, diretor do escritório de pesquisa de comércio e política de produtos agrícolas do Instituto de Desenvolvimento Rural da Academia Chinesa de Ciências Sociais.
Além de produtos individuais, empresas como a Shaanxi Ruijie Ecological Technology Development Co. estão exportando variedades premium de maçãs, como a "Ruixue", em caixas para presente, com vendas no exterior em constante crescimento.
No entanto, esta transformação se estende ainda mais para abranger sistemas agrícolas inteiros, incluindo criação, plantio, gestão e serviços digitais.
O setor de máquinas agrícolas da China, por exemplo, teve um crescimento robusto no primeiro semestre deste ano, com exportações atingindo US$ 9,305 bilhões, um aumento anual de 26,5%, de acordo com dados alfandegários.
Zhang Zhanjun, gerente sênior da região de Hebei na China Yituo Group Co., Ltd. (Fábrica de Fabricação de Tratores nº 1), destacou os avanços tecnológicos: "Desde o primeiro trator 'Dongfanghong' até as máquinas agrícolas inteligentes que apoiam a agricultura inteligente da China, fizemos avanços contínuos".
A Yituo pretende exportar mais de 10 mil tratores este ano, contra quase 8 mil em 2024.
Na seção de tecnologia agrícola da feira, plantas de milho e soja cultivadas biologicamente chamaram a atenção por suas características resistentes a pragas. A Beijing Dabeinong Biotechnology Co., Ltd. expandiu suas operações na América do Sul desde 2013, com vários produtos de soja cultivados biologicamente aprovados para o plantio local.
Simultaneamente, a integração digital está acelerando esse alcance sistêmico. A Rural Credit Digital Intelligence Technology Co., Ltd., por exemplo, aproveita a IoT, o big data e a IA para oferecer soluções de "hardware-software-inteligência", como uma plataforma digital para toda a cadeia da indústria suinícola.
"Estamos construindo uma plataforma global de serviços agrícolas inteligentes baseada em dados para integrar recursos e exportar as soluções inovadoras da China", disse Yu Ying, vice-presidente da empresa.
Essa mudança é sustentada por uma cooperação internacional aprimorada, como visto em iniciativas como a proposta de colaboração provincial Tianjin-Jilin-Guangdong divulgada na feira, que visa aprofundar a coordenação agrícola regional.
"Os cenários de aplicação e a criação de valor da 'globalização' agrícola, sem dúvida, superarão nossa imaginação atual", disse Hu.
 
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