China comemora 80º aniversário da restauração de Taiwan, unindo forças para a reunificação

Wang Huning, membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China e presidente do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, faz um discurso em uma reunião em comemoração ao 80º aniversário da restauração de Taiwan à China, em Beijing, capital da China, em 25 de outubro de 2025. (Xinhua/Liu Weibing)

Pessoas dos dois lados do Estreito de Taiwan comemoraram no sábado o 80º aniversário da restauração de Taiwan à China.

Uma reunião comemorativa de alto nível foi realizada em Beijing, com a presença do mais alto conselheiro político da China, Wang Huning.

Ao discursar para cerca de 500 participantes, Wang, presidente do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, pediu que as pessoas através do Estreito de Taiwan que trabalhem em conjunto para promover a reunificação nacional e não deixem espaço para atividades separatistas de "independência de Taiwan" sob qualquer forma.

A reunião de sábado foi realizada um dia após a legislatura nacional designar o dia 25 de outubro como o Dia da Comemoração da Restauração de Taiwan.

Taiwan foi ocupada pelo Japão depois que Tóquio iniciou guerra à China em 1894. A ocupação durou meio século. Em 25 de outubro de 1945, a cerimônia de aceitação da rendição do Japão na Província de Taiwan do teatro de guerra da China das potências aliadas foi realizada em Taipei. A partir desse ponto, Taiwan e as Ilhas Penghu voltaram à jurisdição soberana da China.

No entanto, os dois lados do Estreito entraram em um estado especial de confronto político prolongado devido a uma guerra civil não resolvida que datando do final da década de 1940 e à interferência de forças externas.

Wang, também membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, observou que a vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e a restauração de Taiwan à China representaram um grande triunfo e uma glória compartilhada do povo chinês e da nação chinesa.

O estabelecimento do dia comemorativo reflete a determinação inabalável do Partido em cumprir sua missão histórica e alcançar a reunificação completa da pátria, disse ele.

Wang enfatizou que as pessoas através do Estreito devem assumir suas responsabilidades históricas na promoção do desenvolvimento pacífico das relações entre os dois lados do Estreito e na realização do renascimento nacional.

Chi Hsing, editora da revista The Observer, de Taiwan, observou que a designação do dia comemorativo ressoa com as aspirações compartilhadas da esmagadora maioria dos compatriotas de Taiwan.

Ela observou ainda que a medida reacenderá memórias compartilhadas entre compatriotas dos dois lados do Estreito de Taiwan, inspirará os compatriotas de Taiwan a terem a história em mente, levarem adiante a tradição patriótica e lutarem pela reunificação e revitalização da nação.

Do outro lado do Estreito, uma série de atividades comemorativas públicas foi realizada no sábado. Em Taipei, apesar da garoa de outono, as pessoas se reuniram em uma praça no centro da cidade para marcar a ocasião.

"Lanternas e decorações trazem alegria, canções de vitória que todos cantam, ecoando pelas cidades e aldeias. A restauração de Taiwan não pode ser esquecida, não pode ser esquecida", cantaram em coro, interpretando uma canção animada escrita em 1946.

"Hoje, há 80 anos, com a derrota do imperialismo japonês, Taiwan encerrou meio século de domínio colonial e voltou ao abraço da pátria", disse Wang Chuan-ping, vice-presidente do Partido Trabalhista de Taiwan. "Este momento histórico continua sendo uma memória compartilhada pelas pessoas dos dois lados do Estreito."

Lan Bo-chow, um escritor conhecido, disse que o estabelecimento do Dia da Comemoração da Restauração de Taiwan na parte continental enriquece o significado da celebração deste ano.

Lan sublinhou a necessidade de restaurar os fatos históricos que foram distorcidos por alguns políticos em Taiwan e apresentar a verdade ao público, ajudando assim mais pessoas a compreenderem melhor a direção das relações entre os dois lados do Estreito.