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Escala da Exposição Internacional de Importação da China atinge novo recorde, com áreas e conteúdos mais diversificados

07.11.2025 14h05 

No dia 5 de novembro, foi inaugurada no Centro Nacional de Exposições e Convenções (Shanghai) a oitava edição da Exposição Internacional de Importação da China (CIIE). Desde sua estreia em 2018, a feira tem mantido o princípio da abertura e do benefício mútuo, promovendo constante inovação e avanços. Nesta edição, a escala da exposição alcançou um novo recorde, com uma concentração de novos produtos, tecnologias e serviços, ajudando o vasto mercado chinês a se tornar um campo de testes e de lucros para a inovação global.

Com o objetivo de ampliar a abertura aos países menos desenvolvidos, a feira estabeleceu pela primeira vez uma área especial para produtos desses países, reunindo 163 empresas expositoras — um aumento de 23,5% em relação ao ano anterior. Por meio de medidas de apoio, como estandes gratuitos e incentivos fiscais, a iniciativa ajuda empresas dessas nações a se integrarem ao comércio global.

O Fórum Hongqiao também promoveu, pela primeira vez, debates em torno de temas como “Reforçar a resiliência econômica do Sul Global” e publicou o Relatório Mundial sobre Abertura 2025 e índices correlatos.

A CIIE oferece oportunidades concretas de desenvolvimento para empresas de países menos desenvolvidos. A marca peruana Warm Alpaca, por exemplo, ajudou mais de 200 famílias locais a saírem da pobreza, graças a pedidos obtidos na feira. O café da Etiópia passou de um ou dois contêineres por ano para mais de 100 contêineres, totalizando mais de 2.000 toneladas. Já a indústria de juta de Bangladesh evoluiu dos tradicionais sacos de estopa para produtos de alto valor agregado — a empresa Dada cresceu de uma microempresa com 10 funcionários para uma companhia com mais de 2.000 empregados. Esses resultados demonstram o valor da CIIE como um bem público internacional.

A edição deste ano também inovou, ao criar a área “Cidades Amigas Encantadoras”. O pavilhão nacional contou com a participação de 67 países e organizações internacionais, cada um apresentando seu charme cultural e potencial de desenvolvimento. Províncias e cidades como Saskatchewan (Canadá) e Almaty (Cazaquistão) participaram pela primeira vez, e os estandes conjuntos entre cidades chinesas e estrangeiras se tornaram novas plataformas para o intercâmbio cultural e a cooperação econômica.

Por exemplo, Dezhou (Shandong) e Kőszeg (Hungria) criaram juntas um espaço imersivo de experiência cultural, exibindo produtos típicos como a aguardente pálinka e o pó de pimenta. A feira também apresentou em conjunto marcas tradicionais chinesas, patrimônios culturais imateriais e costumes regionais, consolidando-se como uma vitrine para as províncias promoverem sua abertura e ampliarem parcerias.

Com foco na inovação de ponta, a CIIE deste ano organizou seis grandes áreas de exposição — dispositivos médicos, automóveis, equipamentos tecnológicos, entre outras — além de uma zona de incubação inovadora. Produtos lançados mundialmente, como robôs de companhia doméstica, stents vasculares e aparelhos auditivos com inteligência artificial, atenderam às novas tendências de consumo ligadas à “economia prateada” e à “economia de esportes de inverno”.

A empresa neozelandesa Grin consolidou sua presença no mercado chinês com produtos sustentáveis de higiene oral. Cada vez mais empresas utilizam as áreas temáticas para apresentar cenários de consumo inovadores.

Locais como Zhangyuan, em Shanghai, ampliaram a experiência da feira por meio de armazéns alfandegários, permitindo que consumidores degustem produtos internacionais em um “segundo palco” da exposição. Cidades como Beijing e Chongqing também realizaram eventos de lançamento simultâneos, levando as novidades da CIIE ao mercado nacional.

Pela primeira vez, a feira criou uma “Plataforma de Comércio Eletrônico Transfronteiriço Preferencial” e uma área de serviços, oferecendo às pequenas e médias empresas estrangeiras soluções completas — desde consultoria de mercado e marketing digital até logística internacional — para uma entrada mais precisa no mercado chinês.

A empresa chinesa Yufei, de Hunan, trouxe mais de 140 produtos em parceria com 13 pequenas e médias empresas africanas. O Tmall Global reduziu as barreiras de entrada para marcas estrangeiras, ao compartilhar depósitos de garantia, introduzindo produtos de nicho como geleias egípcias e azeites tunisino, e ajudando essas marcas a se localizarem na China.

Especialistas destacam que a China possui mais de 400 milhões de pessoas com renda média, e o consumo segue em expansão. Plataformas de comércio eletrônico transfronteiriço oferecem canais importantes para que pequenas e médias empresas do mundo inteiro participem do vasto mercado chinês e compartilhem os frutos do desenvolvimento.

Por meio de inovação contínua e abertura crescente, a Exposição Internacional de Importação da China não apenas traz oportunidades para empresas globais, mas também promove o compartilhamento dos frutos do desenvolvimento entre a China e o mundo, refletindo um espírito de cooperação baseado na igualdade, inclusão e benefício mútuo.